Coprodução com o Brasil, O Diabo Branco combina elementos de filmes de terror clássicos e contemporâneos
O ator argentino Ignacio Rogers faz sua estreia na direção de longas com O DIABO BRANCO onde faz uma mistura entre clássicos do terror das décadas de 1980 e 1990, como “A hora do pesadelo” e “Sexta-feira 13”, além de alguns filmes contemporâneos.
“O filme é uma espécie de casamento entre esses dois estilos totalmente opostos que são totalmente diferentes em ritmos, tom de ação, fotografia. Alguns filmes de terror mais atuais também deixaram sua marca, como ‘A Bruxa’, ‘Corrente do mal’, ou ‘Corra!’”, explica o cineasta. O filme chega aos cinemas brasileiros com distribuição da Pandora Filmes.
Em uma viagem de carro pelo interior da Argentina, um grupo de quatro amigos têm um estranho encontro com um misterioso homem quando chegam para pernoitar em uma pousada local. As férias ideais dos amigos são arruinadas quando eles acabam se tornando reféns de uma antiga lenda maligna que assombra a cidade.
A trama reúne um quarteto de amigos em viagem pelo interior da Argentina, onde encontram um homem misterioso e se deparam com uma antiga lenda macabra que assombra o local. Os personagens são interpretados por Ezequiel Díaz (“Tenho medo toureiro”), Violeta Urtizberea, Julián Tello (“Paulina”), Martina Juncadella, William Prociuk (“O anjo”) e Nicola Siri (“A voz do silêncio”).
O Diabo Branco estreia nos cinemas brasileiros em 5 de agosto.
O DIABO BRANCO é uma coprodução entre Brasil e Argentina, e o produtor brasileiro do longa, André Ristum, conta que já queria se enveredar pelo gênero quando chegou às suas mãos o roteiro. “Já existia uma parceria de coprodução com os produtores do longa, Juan Pablo Gugliotta e Nathalia Videla Peña que tinham coproduzido comigo ‘A Voz do silencio’. Quando estávamos na fase de pós-produção deste filme, me apresentaram o projeto que me pareceu perfeito para o que buscava. Graças ao edital de coprodução Brasil-Argentina do FSA (importantíssima ponte com o cinema argentino) e à parceria da Pandora, foi possível realizar essa coprodução, na qual pudemos agregar e contribuir com talentos brasileiros.”
Já Rogers se confessa bastante empolgado com a possibilidade de um terror argentino chegar aos cinemas brasileiros – um feito raro. “Isso me fascina e acho que o intercâmbio cultural entre Brasil e Argentina é algo que temos que desenvolver muito mais e trabalhar muito, não tenho dúvidas de que todos vamos nos beneficiar infinitamente desse intercâmbio.
Fã do gênero desde criança, Rogers explica que “é uma tendência natural me inclinar para o terror, que desperta em mim sensações viscerais muito fortes e que estimula de maneira especial a minha criatividade. Lidar com o terror talvez seja uma forma de destilar toda a escuridão e violência que percebo no mundo e em mim mesmo.”
Boa parte de O DIABO BRANCO foi rodada na província de Tucumán que é cercada de morros e matas fechadas. “Um lugar considero bastante especial, foi onde chegaram os conquistadores de todo o território que hoje é a Argentina e, embora pareça fantasioso, há algo nessa história (em grande parte violenta) que alguns acreditam ainda pode se sentir no lugar, um folclore que transparece no filme.”
Apesar das influências internacionais de filmes tão típicos do gênero, O DIABO BRANCO busca uma construção em marcas locais, especialmente latinas. “De alguma forma (e exagerando), procurei ser uma espécie de conquistador do gênero, apropriando-me de um terreno já existente e moldando-o de acordo com minhas próprias regras pessoais, que também, de certa forma, são regras locais, latino-americanas.”, explica o diretor.