Filme de terror italiano inspirado em bestseller traz história que combina thriller e terror
Dirigido pelo aclamado escritor italiano Donato Carrisi, o filme O Labirinto com Valentina Bellè, Vinicio Marchioni e os atores já consagrados Dustin Hoffman e Toni Servillo no elenco, chega aos cinemas brasileiros este mês pela Pandora Filmes.
Donato Carrisi dirige o longa adaptando seu próprio livro “L’uomo del labirinto” lançado em 2017. Em sua segunda trabalho como diretor, após “A Garota da Névoa”, Carrisi confessa que seu objetivo sempre foi escrever livros que se parecem com filmes e filmes que se parecem com livros. “Com meus romances, tento evocar imagens na mente dos leitores, por isso, meus filmes vão além daquilo que é possível ver na tela. Acredito no poder evocativo de uma história. Faço o invisível tão importante quanto o visível.”
“A adolescente Samantha é raptada a caminho da escola. Quinze anos depois, ela está no hospital, em estado de choque, com o Dr. Green ao seu lado. Juntos, eles resgatam as memórias de Samantha no labirinto, uma prisão subterrânea, aparentemente sem saída, em que alguém forçou a jovem a jogar e resolver enigmas, recompensando seus sucessos e punindo seus fracassos. Também ansioso para resolver o mistério está Bruno Genko, um investigador particular de talento excepcional. Ele não tem muito mais tempo de vida e, por isso, o caso de Samantha é o seu maior desafio.”
Para criar O LABIRINTO, Carrisi conta que se inspirou no inferno de Dante Alighieri, com seus diversos círculos. “Essa é a história de uma descida ao submundo, então criei lugares que refletem a obra do poeta. Por exemplo, o Limbo é o Departamento de Pessoas Desaparecidas, pois essas estão suspensas entre a vida e a morte. O círculo da luxúria é habitado pela única pessoa por quem Genko se preocupa: uma prostituta albina. Tudo até chegar ao oitavo, o Labirinto, um lugar repleto de armadilhas e truques, povoado pelo maior monstro de todos: o monstro das nossas mentes.”
Para o diretor, não havia dois atores se não Servillo e Hoffman para os personagens. “Eu levei Genko a um inferno pessoal, pedi para Toni mudar sua voz, postura, e energia. Criamos um protagonista que encontra diversos demônios, porque apenas um homem que se aproxima da morte pode ver e ouvir aquilo que as outras pessoas não podem.”
Para o Dr Green, Carrisi explica que usou um método diferente. “O personagem tinha que ser gentil e compassivo, mas, ao mesmo tempo, evasivo. Eu não queria aquele típico investigador moderno que são encontrados em séries de televisão, filmes e livros. Precisávamos de um homem sábio que não coleta provas, mas sinais do mal.”
Carrisi define o longa como um noir repleto de cores e música. “Queria deixar para trás a atmosfera fria dos thrillers recentes quase sempre acompanhada de música soturna e eletrônica. O resultado é que O LABIRINTO é uma explosão de cores e música sinfônica.”
Na trama, Bruno Genko (Servillo) é um detetive particular com seus dias contados. O médico lhe deu dois meses de vida, porém, quando o filme começa, esse tempo já passou… e ele não morreu. Ele se encontra numa situação paradoxal: nessa sobrevida que ganhou, resolve investigar um caso pendente de seu passado: o desaparecimento da jovem Samantha Andretti (Bellè).
Ela foi sequestrada quando ia à escola e, 15 anos depois, acorda numa cama de hospital sem se lembrar de nada. Ao seu lado, está Dr Green (Hoffman), um analista que promete resgatar o passado da jovem e capturar o monstro sequestrador.
Os dois homens estão atrás da mesma pessoa, usando métodos distintos. Quem chegará primeiro ao sequestrador? E, mais do que isso, há apenas uma verdade? A cada nova descoberta: um novo mistério. “O jogo está na mente do espectador”, conta o cineasta.