Zé do Caixão vai voltar aos cinemas, mas desta vez o personagem mais icônico do terror brasileiro criado por José Mojica Marins, retorna em produções gringas por meio de dois projetos, um nos EUA pela produtora SpectreVision, fundada por Elijah Wood com os cineastas Daniel Noah e Josh C. Waller e o outro no México.
O personagem criado pelo falecido José Mojica Marins teve sua primeira aparição em “À Meia-Noite Levarei Sua Alma” (clique aqui pra assistir) de 1964.
A empresa que detém os direitos das obras de Coffin Joe – como Zé do Caixão é conhecido lá fora – é a One Eyed Films do Reino Unido, que assinou o contrato com a SpectreVision. De acordo com a empresa, o filme trará “uma versão mais popular, acessível e atualizada… fiel ao público dedicado de Coffin Joe, mas apresentando o personagem para novos públicos mais amplamente”.
“Coffin Joe é um bicho-papão icônico e indelével que merece ser reinventado para nossa cultura contemporânea”, disse Noah. “Estamos ansiosos para criar um novo recurso que capture a arte sombria da criação singular de Marins para o nosso mundo moderno.”
A One Eyed Films também está produzindo um longa em espanhol, escrito pelos cineastas mexicanos Lex Ortega e Adrian Garcia Bogliano (A Chegada do Diabo) e dirigido por Ortega.
“Faz sentido criar novas histórias tanto nos EUA – onde os filmes do Coffin Joe cativaram toda uma geração de dedicados fãs de terror desde os anos 1970, quando o personagem ‘Zé do Caixão’ foi batizado com seu nome inglês – quanto no México, onde essa migração do cenário brasileiro original, onde analogias culturais podem ser extraídas do cenário original do personagem, mas criando uma nova abordagem com novas possibilidades para o personagem ”, disse Betina Goldman, diretora-gerente da One Eyed Films.
Além disso a One Eyed Films também assinou um acordo de distribuição no Reino Unido para versões restauradas do catálogo de filmes do Zé do Caixão com a Arrow Films, enquanto aqui no Brasil a gente fica chupando o dedo.
“Esses filmes são uma parte importante não apenas da história do cinema brasileiro, mas da história do cinema de gênero em geral”, disse Kevin Lambert, chefe da biblioteca da Arrow Films.
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