A Pré-estreia do novo filme da franquia Pânico aconteceu ontem (11) em São Paulo realizada pela Paramount Pictures. Confira a crítica do Felipe Perez, que assistiu com exclusividade ao filme a convite da Trilha do Medo.
São Paulo, 12 de Janeiro – Reviver uma franquia que manteve seu time original por todos os filmes não é uma tarefa fácil. Ainda mais se a tal franquia ter começado com um filme que foi um divisor de águas no terror dos anos 90, influenciando muito do que veio a seguir e se mantendo tão forte e relevante nas décadas seguintes.
Quando o projeto foi anunciado, os fãs ficaram animados e temerosos ao mesmo tempo. Como fazer um novo Pânico sem Wes Craven?
A tarefa ficou a cargo dos diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, os realizadores do ótimo Casamento Sangrento, que prometeram entregar um filme que honrasse o legado de Wes. Minhas expectativas se fortaleceram quando o retorno do trio Sidney, Gale e Dewey (some aí a oficial Judy Hicks, sobrevivente de Pânico 4) foi confirmado, assim como as presenças de Kevin Williamson, Cathy Konrad e Marianne Maddalena como produtores.
Como um grande fã da franquia, em um misto de ansiedade e medo do que estava por vir, fui de mente aberta ao cinema. E este novo capítulo de Pânico conseguiu superar toda e qualquer expectativa que eu tinha.
Na história, a cidade de Woodsboro é palco de assassinatos sangrentos que podem estar ligados aos crimes que assolaram a cidade nos anos 90, e que também deram origem à franquia slasher “A Punhalada” (introduzida em Pânico 2, de 1997).
Os roteiristas James Vanderbilt e Guy Busick souberam aproveitar toda a força do texto de Williamson nos longas originais, que ainda brinca com as fórmulas do slasher e consegue construir novos personagens consistentes que o público pode se identificar. Nenhum deles é somente perfeito, bonzinho ou malvado.
E não são poucos os momentos inusitados que vão pegar os fãs de surpresa. Aquele clima de que todos são suspeitos e podem esconder um outro lado está presente novamente e é muito interessante como o novo time de jovens se liga ao passado sangrento de Woodsboro.
É engraçado, é inteligente, é assustador e muito brutal. Talvez o mais violento e explícito de toda franquia. É um ótimo filme mas eu não ouso dizer que é o melhor desde o original porque este capítulo se aproveita de todos eles pra ser o que é, e os diretores e roteiristas tem total consciência disso. Por isso funciona tão bem! É uma celebração dos slashers, dos personagens que amamos e uma bela homenagem ao trabalho do Wes Craven e do Kevin Williamson. O coração bateu mais forte!
Aos 13 anos, sempre que eu voltava da escola, eu tinha o costume de correr pro quarto pra colocar no vídeo cassete, a fita vhs que eu tinha gravado Pânico de uma exibição da Record. Perdi as contas de quantas vezes revi o filme e eu nem imaginava como ele permaneceria tão presente na minha vida por tantos anos. E que bom que o legado continua vivo e em sua melhor forma! Pânico (5) é tudo e mais um pouco. É cedo demais pra dizer que é um dos melhores filmes de 2022? No meu coração já é! E acredito que o Wes também teria adorado.
Pânico estreia dia 13 de janeiro nos cinemas.
Autor: Felipe Perez (Filmes Encontrados)
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