Terror nacional “O Amuleto” estreia nos cinemas no dia 28 de maio, recheado com mistério, bruxaria, assombração e morte.
O longa de Jeferson De conta a história de quatro jovens que decidem ir a uma festa na floresta próxima à uma praia, só que o local é conhecida por misteriosas mortes nunca desvendadas, e o destino deles acaba tomando um caminho macabro, dois são encontrados mortos e um está desaparecido enquanto Diana (Bruna Linzmeyer) não lembra de nada do que aconteceu.
“Na Floresta da Cabana, adjacente à praia, são encontrados os corpos de Marcinha e Alex. Paulinho está desaparecido. Diana, amiga dos três jovens, está desacordada. Durante seu depoimento para a polícia, ela se lembra apenas de que, na noite anterior, havia ido com os três amigos para uma festa na floresta, mas os quatro se perderam no caminho. Durante as investigações, mais dúvidas surgem quando são encontrados os celulares dos jovens com vídeos gravados daquela noite.”
O Amuleto é estrelado por Bruna Linzmeyer, Maria Fernanda Cândido e Michel Melamed. Roteiro e direção de Jeferson De. Cristiane Arenas também assina o roteiro.
Co-produção de Buda Filmes e Contraponto, com distribuição de Paris Filmes e Downtown Filmes. Também estão no elenco Daniel Filho, Regius Brandão, Margarida Baird, Gustavo Saulle, Tiago Mendes, Isadora Damiani, Clara Ferrari e Nathalia Nunes.
TRAILER E TEASER
IMAGENS
ENTREVISTAS
Jeferson De – Diretor
O que moveu suas ideias para realizar O Amuleto?
Desde meus primeiros curtas, guardo minhas ideias em cadernos e, de vez em quando, uma delas torna-se possível por motivos dos mais diversos. O Amuleto era uma dessas ideias. Gosto de desafios. Sai do lugar confortável de diretor de dramas sociais e fui em direção a O Amuleto, um suspense sobrenatural.
De onde saiu o enredo?
Nasci no Vale do Paraíba, local que acolheu uma população escrava muito grande. Em lugares como este, bem como no Pelourinho, em Salvador, não me sinto bem. São espaços que não me remetem a coisas boas. O filme fala disso, de lugares em que você não está a salvo de determinados sentimentos, de segredos e de fatos remotos.
Quando você pensou nesse argumento, já tinha a intensão de realizar o longa fora de São Paulo?
Queria realizar um filme bem diferente de Bróder, então sabia que tinha que sair do centro urbano, mas foi uma surpresa para todos, inclusive para mim, a possibilidade de realizar o filme em Santa Catarina.
Como foi a escolha dos atores? Você previa Bruna Linzmeyer e Maria Fernanda Cândido no elenco?
Achava que poderiam interpretar mãe e filha e foram minhas primeiras escolhas. Uma coincidência grande foi que, depois de escolher Bruna Linzmeyer descobri que ela era de Santa Catarina. Minha admiração pela Maria Fernanda é antiga, mas sempre faltou oportunidade de convidá-la para um personagem que fosse desafiador para ela e para mim. O encontro e a dedicação das duas foi impressionante.
Bruna Linzmeyer – Atriz (Diana)
Quem é Diana?
Diana é uma pessoa em busca de si própria
Ela é uma personagem muito diferente da Bruna?
Eu sou feita das minhas personagens também, elas são feitas de mim. Entre Diana e mim, há caminhos que se cruzam. Sua relação com a natureza, com o que é mítico e místico, sua intuição são coisas com as quais me identifico.
Como foi sua relação de trabalho com os atores do filme?
Foi deliciosa. Adorei conhecer os meninos e reencontrar Maria Fernanda, por exemplo.
Vocês fizeram um intensivo de preparação com o Sergio Penna?
O Penna é um mestre da delicadeza do ofício de atuar. Ele veio reger essa orquestra um pouquinho, apontar e aprofundar caminhos. Cada departamento no cinema, tem seu diretor: arte, cenografia, fotografia… e todos esses diretores orquestrados pelo nosso mestre maior, Jef.
Diana ao mesmo tempo que contraria a mãe, ela tem também um apego forte com Elisabete, interpretada pela Maria Fernanda Cândido. Como foi essa relação mãe-filha no filme?
Elisabete e Diana têm uma clássica relação mãe e filha. Admiro o trabalho da Maria Fernanda e também ela, como mulher.
E a experiência de filmar no seu estado, Santa Catarina, quais as impressões?
Ah, eu sou catarinense, passei boa parte da minha adolescência em Floripa… Foi muito gostoso, aquele sotaque bom, as ostras, um mergulho no mar no fim do dia…
Maria Fernanda Cândido – Atriz (Elisabete)
Como você recebeu o convite para participar deste filme?
O Jeferson me apresentou o projeto, eu me apaixonei pelo roteiro cheio de suspense. Assisti ao Bróder, primeiro filme dele e fiquei encantada. Aceitei o convite na hora.
Quem é Elisabete?
Ela é uma mulher conectada com seu eu interior e com o outro plano. Mas ela não é do tipo etérea. Ela é telúrica, muito ligada à terra. É uma mulher forte, é mãe, dona de casa, e, também é uma pesquisadora e acadêmica.
Quais as semelhanças entre você e a Elisabete?
Elisabete é uma pessoa do silêncio, da paz interior, da serenidade. Isso confere a ela um jeito especial de falar, de se relacionar com a filha e de viver seu dia a dia. E eu acho que também sou assim.
Como é para você fazer cinema?
Eu amo fazer cinema, é a minha grande paixão. O processo criativo é sempre muito interessante e prazeroso. Eu nunca tinha feito um filme de suspense, por isso já foi algo muito diferente pra mim. Percebi que um bom filme de suspense é uma experiência às vezes até forte.
O que ficou da experiência de O Amuleto?
Fui pela primeira vez para fazer um longa-metragem em Florianópolis. Nunca tinha feito nenhum trabalho na Ilha, e saí absolutamente encantada com o filme, com a produção, com o trabalho em si e com as lindas cenas que fizemos. Não foi um tempo muito longo, mas a sensação é de que foi uma vida vivida. Saí da Ilha muito grata à vida por ter tido essa experiência maravilhosa.
Michel Melamed – Ator (Reginaldo)
Quando você recebeu a descrição de seu personagem, o que veio a sua cabeça?
Meu fascínio pelo universo fantástico, seja na literatura ou no audiovisual, daí lembrar de outras obras do gênero e então a curiosidade de como conduziríamos e seriamos conduzidos… Em outras palavras, pavor e prazer.
Quais referências você usou para criar o Reginaldo?
Tim Burton, Charles Manson, Frank Zappa, Onde Os Fracos Não Tem Vez, Hannibal Lecter, O Gabinete do Dr. Caligari, Rasputin, Marylin Manson, O Iluminado, Otto Dix… A cabeça ficou, mais que tudo, cheia de imagens dos parentes do Reginaldo.
Como foi seu processo para desenvolver o sotaque do personagem?
O Jeferson e a Cris indicaram a genealogia dele: os Açores. Então, procurei a Leila Mendes, a genial fonoaudióloga, para pesquisarmos sotaque, inflexões, etc.
Para compor um personagem muito diferente de você a que você recorre?
Não saberia prescrever método para nada, quando muito uma descoberta mais do que recente de que, me desculpem os distraídos vencedores, mas concentração é fundamental… De todo modo, não vejo personagens como “muito diferentes” dos intérpretes, quer dizer, ele é você, mesmo que em parte e vice-versa, você é um dos lados dele…
Como é sua relação com o cinema?
Vida é filme! Não há diferença entre realidade e ficção, tela e janela, roteiro e o lance dos dados…