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Cinema

Gaspar Noé cita cineasta brasileiro e curiosidades do polêmico ‘Climax’

O diretor Gaspar Noé marcou presença no Brasil para falar sobre seu novo filme, ‘Climax’, que foi gravado em apenas 15 dias, e toda a pré e pós produção duraram 4 meses de trabalho.

Noé comentou que o ritmo de gravação foi muito bom, porque o filme ficou mais barato para produzir. Utilizando vários planos sequências, muitos bailarinos e menos atores tão conhecidos, barateou toda a produção. A filmagem foi conduzida em ordem cronológica, o roteiro bem curto e muitos diálogos improvisados.

“Dirigir um filme é como uma montanha russa” – comentou Gaspar.

A cena mais difícil em nível de atuação foi com uma personagem grávida. Ele adorou as atuações nessa parte. Um contorcionista foi contratado de uma maneira bem peculiar: Eles viram em um canal de TV na África, entraram em contato pelo facebook e o convidaram para o filme.

Nina McNelly que já trabalhou com Rihanna, Sia, Christina Aguilera, MØ, ficou responsável pela coreografia e também por ajudar a selecionar os dançarinos. Cada personagem tinha seu estilo de dança. Gaspar contou que o tipo de dança mostrado no longa hipnotiza ele. “Eu vejo o filme como um psicose/paranoia coletiva e quis registrar isso.”

Porque escolheram danças para representar a história?
Gaspar: “A história original não se passa envolvendo danças, existem pouquíssimos registros sobre o que aconteceu de verdade. Eu decidi usar a música porque gosto muito desse estilo. Esse tipo de batida e quando as pessoas estão dançando, é algo hipnotizante, não consigo não olhar e não ficar de queixo caído.”

Como eram feita as cenas de dança, tinha músicas nas gravações?
Era complicado, porque se usassem uma música com direitos e não conseguissem os direitos na finalização, seria um grande problema. E também por causa dos ruídos que os atores faziam durante as performances, ele queria captar o som e atrapalhava. Durante algumas cenas que eram apenas danças, uma música eletrônica foi utilizada sem os agudos e alguns outros tons, deixando apenas o grave, e os dançarinos dançavam ao som das batidas. A coreografa McNelly dava as coordenadas e auxiliava cada um com seu estilo de dança.

“Eu não gosto de música contemporânea, clássica, eu gosto desse tipo de música”

Gaspar Noé também citou Zé do Caixão e diz gostar dos trabalhos dele: “…é uma representação divertida da realidade, e é o que eu também busco produzir sempre” – por isso Noé se identifica com o cinema do Mojica.

Gaspar citou que não gosta do cinema convencional, com iluminação estratégica, e prefere algo mais realista. Ele citou que seu filme tem muitas cores quentes, porque quando pensa em algo, são essas cores que vem no seu pensamento, e assim ele se identifica na hora de construir, é algo pessoal, não é nenhum tipo de psicologia das cores.

Quer saber mais sobre Climax, entre aqui. O filme estreia essa semana, dia 31 de janeiro.

Agradecimento especial ao Rafael da Hipnóticos Filmes e Analu do Terror de Quinta pelo apoio à matéria. E Imovision pelo convite para a coletiva.
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