Filmagens do longa-metragem de terror brasileiro “O Porão da Rua do Grito” dirigido por Sabrina Greve são finalizadas em casarão antigo de São Paulo.
O filme conta a história dos irmãos Jonas (Giovanni De Lorenzi) e Rebeca (Caroline Marques), após a tragédia que marcou a família e sua casa para sempre. Tudo ambientado num casarão histórico no bairro do Cambuci, em São Paulo. Esse é um dos primeiros filmes a ser rodado dentro dos parâmetros do “novo normal” da pandemia da Covid-19.
Misturando horror psicológico e uma grande “casa mal-assombrada”, o filme se passa em duas épocas distintas, as décadas de 1980 e 1990. O imóvel foi totalmente reformado pela produção para ambientar a assustadora narrativa, que contará ainda com efeitos especiais e digitais de última geração.
O nome do filme é uma referência à Rua do Grito, no bairro Ipiranga, na capital paulista, onde Dom Pedro I teria proclamado a Independência do Brasil. A produção é a primeira de uma trilogia, que vai mostrar nos filmes seguintes o que aconteceu com gerações anteriores à dos irmãos Jonas e Rebeca.
“O Porão da Rua do Grito” marca a estreia na direção de longas-metragens de Sabrina Greve, atriz premiada e reconhecida por obras como “Uma Vida em Segredo”, “A Casa das Sete Mulheres” e “Carandiru”. No gênero terror, Sabrina estrelou “Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois” e “O Duplo” (Cannes, 2012). Ela assina o roteiro junto com Michelle Ferreira.
Em meio à tensão normal de um set povoado por “fantasmas”, a equipe teve o desafio de aprender a trabalhar dentro dos novos parâmetros acordados entre sindicatos, entidades representantes do setor e a prefeitura de São Paulo. Nada de café compartilhado e aglomeração atrás dos monitores de TV. No lugar deles, máscaras, face shield e álcool gel. As gravação das cenas têm transmissão ao vivo para a casa dos profissionais que não estão no set mas precisam acompanhar o que está sendo filmado.
– Estávamos com tudo pronto para rodar em abril. Mas não desistimos e conseguimos seguir com o mesmo elenco e praticamente toda a equipe técnica – conta Geórgia Costa Araújo, sócia da Coração da Selva. – São muitos os detalhes para garantir a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos, mas é também um aprendizado. Acho que algumas dessas práticas vieram para ficar. O mais importante é que tudo isso uniu muito o time e permitiu que todos focassem na história. O casarão é quase um personagem, como deve ser em um filme de casa mal-assombrada.
O filme é da produtora Coração da Selva com coprodução da Spcine, apoio do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA, BRDE e apoio financeiro do BNDES.